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AS ÁRVORES NÃO SÃO AS ÚNICAS TESTEMUNHAS
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o ano de 1934, o Porto foi o local escolhido para a realização da Primeira Exposição Colonial Portuguesa. O Palácio de Cristal recebeu uma nova fachada, num estilo mais moderno e foi apelidado, temporariamente, de Palácio das Colónias. Nos jardins oitocentistas, foi encenada uma ideia de império português, através da recriação de “aldeias indígenas”, onde mulheres, homens e crianças foram exibidas e exoticizadas para legitimar uma campanha de angariação de novos colonos.
Poucos parecem ser os traços deixados por esta exposição nos jardins, mas é precisamente esta ideia de falsa invisibilidade que levou o PING*! a refletir sobre o impacto desta exaltação colonial na cidade. As árvores não são, afinal, as únicas testemunhas é o título de um programa de percursos pelos jardins que utilizará registos visuais, souvenirs da época e o legado que permanece no espaço público urbano para revisitar e debater essa exposição colonial. Cada percurso será conduzido por Claire Sivier e Marta Lança que, nas suas práticas artísticas e de investigação, têm vindo a estimular o debate e a abri-lo a uma perspetiva pós-colonial.
No final de cada atividade, haverá espaço e tempo para uma conversa em conjunto.
*PING! Programa de Incursão à Galeria
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Rotas e percursos
Direção Artística
Público-Alvo
Jovens |
02 junho a 03 junho
Promotor
Galeria Municipal do Porto, Departamento de Artes Contemporânea da Ágora – Cultura e Desporto do Porto, EM |