A través da réplica de uma peça do museu, um ‘contador Namban’, móvel de influência japonesa do séc. XVII, que funciona aqui como um ‘contentor contador’, fizemos a divulgação do MNMC junto do público escolar enquanto o Museu se encontrou encerrado. Sendo um pequeno móvel, é portátil – um dos objetivos do projeto. Na sua forma de armário de gavetas simboliza o museu, um contentor gigante. Um contentor é um invólucro, uma embalagem, reutilizável. Assim é um armário, assim é um museu: lugares onde se guardam, arrumam e rearrumam objetos. As peças fazem parte do museu, mas são independentes dele, não devem estar fisicamente agarrados às suas paredes. Um museu é, antes de mais, um arquivo: de objectos, de imagens, de experiências. Cada objeto tem a sua ficha identificadora. Assim, um museu é um arquivo de identificação, em constante crescimento e aperfeiçoamento. Um ‘contador’ é um armário de gavetas, mas pode ser muitas coisas mais. Por exemplo, aquele que conta, que relata, que nos dá ideias. Na verdade, um museu também é um contador de histórias. O contador vai ao encontro dos seus públicos (escolas, associações de solidariedade social, hospitais) sempre acompanhado por dois técnicos do museu que, através do diálogo, completam a informação e estimulam a curiosidade.