C omo é que se treina a honestidade? Como é que somos honestos com a nossa pele, com as nossas dúvidas, as nossas fragilidades? Onde é que podemos fazer perguntas que, talvez, não façam sentido? Neste tempo presente, cada vez menos privado e onde a intimidade é exposta enquanto identidade, onde fica o espaço para as dúvidas do futuro, para as incoerências de opiniões, para as subtilezas de se estar apaixonado ou para inventar regras só porque sim? Será que é possível pararmos para o tempo não andar rápido demais? São perguntas sem resposta certa. Sem uma solução científica. Talvez uma miragem dessas respostas esteja no acto solitário de escrever um diário. Escrever um diário enquanto um verdadeiro exercício de privacidade e de honestidade. É possível que não se consiga resposta nenhuma. Ou que não exista apenas uma resposta. Mas… Podemos insistir nas perguntas… Na procura… E… Talvez…