O   fado “Caldeirada”, interpretado por Amália Rodrigues, com letra de Alberto Janes, dá o mote e o nome a esta criação. Uma canção onde peixes, crustáceos e moluscos se encontram reunidos em véspera de caldeirada e resolvem, em assembleia, falar acerca dos danos provocados pelas ações do homem, seja pela poluição através de hidrocarbonetos (petróleo e gás natural), a falta de oxigénio nos oceanos (os verdadeiros pulmões do planeta) e demais poluição que tem vindo a aumentar. O Homem, tratado como tipo cabeçudo que se acha rei da criação, é considerado o verdadeiro responsável e culpado por toda a destruição nos oceanos e, como tal, eles finalizam dizendo “ou respeita a natureza ou vamos todos a ele!”. Apesar do aviso, é fundamental trabalhar o presente para idealizarmos com saudade um futuro que se deseja. E é por falar em saudade que nada melhor que pegar no fado interpretado por Amália como inspiração a esta nova criação.